PREJUÍZOS AO ABASTECIMENTO - Ministra do TST declara greve de petroleiros ilegal e fixa multa de R$ 500 mil
29 de maio de 2018, 20h57
A ministra Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do
Trabalho, declarou ilegal a greve dos petroleiros, que haviam anunciado a
paralisação em apoio aos caminhoneiros. Em decisão desta terça-feira (29/5), a
ministra afirmou que a greve tem motivos políticos, e não de reivindicação de
condições de trabalho ou salário, o que é ilegal. Em caso de descumprimento, a ministra
estabeleceu multa de R$ 500 mil por dia.
De acordo com a decisão, está em vigor um acordo coletivo assinado entre
a Petrobras e o sindicato da categoria e "não se vislumbra a
proximidade" da data-base para o reajuste salarial. Segundo a ministra, a greve
"beira o oportunismo".
A ministra entendeu que o que foi trazido ao processo demonstra “pauta
de cunho essencialmente político e de forte ingerência não apenas no poder
diretivo da Petrobras, como em ações próprias de políticas públicas que afetam
todo o país e não podem ser resolvidas por pressão de uma categoria
profissional”.
O pedido de decretação
da ilegalidade foi feito pela AGU e pela Petrobras. Para as entidades,
reconhecer a abusividade e a nulidade da greve é necessário, pois
a Petrobras é a principal produtora e distribuidora de combustíveis do
país, e “a redução da produção ou a sua completa paralisação geram prejuízos
gravíssimos à sociedade, tendo em vista o potencial para prejudicar o
abastecimento do mercado interno de gás natural, petróleo e seus derivados”.
Além disso, defendem as autoras, eventual ocupação de unidades
produtivas pelas entidades sindicais geraria risco de acidentes e custaria à
estatal R$ 349 milhões por dia – incluindo perdas de R$ 300 no faturamento e R$
9 milhões com o acionamento de equipes de contingência. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Revista Consultor Jurídico,
29 de maio de 2018, 20h57
https://www.conjur.com.br/2018-mai-29/agu-tst-declarou-greve-petroleiros-ilegal
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