TETO PARA TODOS - Meirelles defende PEC dos gastos em reunião com cúpula do Judiciário
14 de outubro de 2016, 19h32
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira
(14/10) que a proposta de criar um teto para os gastos públicos não colocará em
risco a harmonia entre os Poderes. Ele foi ao gabinete da presidente do Supremo
Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, onde também estiveram presentes os
presidentes do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes; do Superior Tribunal
de Justiça, Laurita Vaz; do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins
Filho, e do Superior Tribunal Militar, William de Oliveira Barros.
A advogada-geral da União, Grace
Maria Fernandes Mendonça, também participou da reunião. De acordo com
Meirelles, o objetivo do encontro foi demonstrar a necessidade da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 241,
que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. O texto quer
vincular o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.
Segundo o ministro da Fazenda, a restrição será igual para os três
Poderes da República. “Não há nada específico para um determinado Poder que
seja diferente dos demais”, afirmou.
A presidente do STF, ministra Cármen
Lúcia, declarou que a PEC respeita a autonomia do Poder Judiciário. “Todo
jurisdicionado brasileiro continuará, apesar do sacrifício, apesar dos apertos
do momento, a ter a prestação jurisdicional”, disse a presidente do STF no
final do encontro. O ministro Gilmar Mendes também já se
manifestou a favor da medida.
A proposta foi aprovada em primeiro turno na
Câmara dos Deputados, no dia 10 de outubro. O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia, já anunciou que a segunda fase da votação será no dia
24 ou 25 de outubro.
Para a Procuradoria-Geral da República, o
texto transforma o Executivo em um “super órgão” e
“ofende” a independência e autonomia dos poderes Legislativo, Judiciário, do
Ministério Público e demais instituições do sistema de Justiça.
Um grupo de juízes, membros do
Ministério Público e advogados públicosdivulgou nota técnica conjunta contra
a PEC 241. Para os autores, os investimentos previstos na Constituição
Federal para as áreas de saúde e educação são cláusulas pétreas. Assim, a
aprovação da regra ampliará ações judiciais em busca de direitos não
garantidos", levando à "transformação explosiva dos pisos em
precatórios". Com informações da Assessoria de Imprensa do STF e
da Agência Câmara Notícias.
Revista Consultor Jurídico,
14 de outubro de 2016, 19h32
http://www.conjur.com.br/2016-out-14/meirelles-defende-pec-gastos-reuniao-cupula-judiciario
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