JUIZ ELEITORAL DE PRINCESA ISABEL INDEFERE REGISTRO DE CANDIDATURA DE DONA BIA EM SÃO JOSÉ DE PRINCESA
O Juiz eleitoral da 34ª. Zona
Eleitoral de Princesa Isabel –PB indeferiu o pedido de registro de candidatura
da senhora Maria Diniz Araújo-Dona Bia, por entender que o registro de
candidatura da mesma abriria a possibilidade da família matuto assumir um
terceiro mandato consecutivo frente ao Município de São José de Princesa-PB,
uma vez que, o divórcio formalmente existente entre a impugnada e o atual
Prefeito reeleito, o senhor Luiz Ferreira de Morais – Luiz de Matuto, não
operou-se de fato, reconhecendo que os mesmo convivem em união estável..
A ação de Impugnação fora
impetrada pela Coligação Unidos para Mudar – DEM – PB, do Candidato a Prefeito
Onofre Galvão, tendo funcionado como Advogado o Dr. Manoel Arnóbio de Sousa.
Vejamos parte da Decisão:
(...)nesse
sentido, restou incontroverso nos autos (confirmado pelas três testemunhas) que
o atual prefeito, após a realização de recente de tratamento de saúde, recebeu assistência
da parte impugnada, com acompanhamento hospitalar realizado na parte da
residência que seria somente da ora requerente, não havendo, de modo algum, uma
distante relação atual entre eles conforme tentou provar na impugnação.
Não Bastasse,
juntou-se documentos comprovando que não houve separação de bens no divorcio
realizado, denotando, ao menos objetivamente, que o casal, após o formal divórcio,
manteve faticamente a constituição família e concluiu pela desnecessidade de
partilha de bens, retornando à convivência como uma entidade familiar e, assim,
preenchendo os requisitos fáticos de união estável, nos termos da legislação
atinente à espécie.
Portanto,
independentemente de o divórcio realizado entre a ora requerida e o atual
prefeito ter sido “orquestradamente” planejado para manter o núcleo família no poder
( assim, de “fachada”), ou não, a situação comprovada nos autos foi que, após o
divórcio, a parte impugnada e o atual prefeito mantiveram uma estrita relação
familiar, suficientemente apta a configurar
união estável conforme o conceito encartado pelo Código Civil, o que fez a
candidatura analisada incidir em hipótese de inelegibilidade, nos termos dos
dispositivos constitucionais já mencionados (...)
Escrito por
Manoel Arnóbio de Sousa
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reservados.
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