Pressionados por protestos, deputados arquivam PEC 37 por ampla maioria
25/06/201321h44 > Atualizada 25/06/201322h06
Luis Macedo/Câmara
dos Deputados
Deputados mostram cartazes contrários
à PEC 37 em sessão de votação nesta terça-feira (25), em Brasília
Os deputados federais derrubaram na
noite desta terça-feira (25), em decisão quase unânime, o Projeto de Emenda
Constitucional número 37/2011, conhecido como PEC 37, de autoria do deputado
federal e delegado Lourival Mendes (PT do B-MA). A matéria era uma das
propostas polêmicas em tramitação no Congresso Nacional que estavam na mira de
protestos na onda de manifestações pelo Brasil.
Ao
todo, foram 430 votos pela derrubada da PEC, contra nove favoráveis à proposta
e duas abstenções.
Batizada por seus adversários como "PEC da
Impunidade", a medida retiraria o poder de investigação dos MPEs
(Ministérios Públicos estaduais) e do MPU (Ministério Público da União).
Bancadas inteiras de partidos como PT, PPS, PTB, PSDB e PSDB votaram pela
rejeição da PEC.
A
votação foi acompanhada por promotores de Justiça presentes às galerias da
Câmara com gritos de "rejeita!" dirigidos aos parlamentares.
Durante os debates relativos à votação da PEC, o presidente da
Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), destacou que a proposta foi pautada
em plenário por acordo fechado entre todos os líderes partidários. "A PEC
está sendo votada por decisão unânime de todos os líderes, foi decidido por
todos os líderes, que poderiam ter optado por adiar, mas decidiram votar esta
noite e assim está acontecendo", declarou.
A manifestação foi uma resposta ao líder do PSOL, deputado Ivan
Valente (SP), que havia dito anteriormente que "a maioria dos deputados
era a favor da PEC, tanto que ela foi aprovada [em sua admissibilidade] pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania" e que havia sido o
"clamor das ruas" que fez com que o tema fosse pautado pelo Plenário.
Ele anunciou que os três deputados do partido votarão contra a PEC.
O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), argumentou na
mesma linha do presidente e disse que todos os líderes partidários foram
"sensíveis à argumentação" e puderam "ponderar com suas bancadas,
mostrar a necessidade da rejeição da PEC, sem ter que crucificar quem quer que
seja, sem ter que denegrir a trajetória de nenhum parlamentar"
FONTE: UOL.COM.BR
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